A finalização do médio ofensivo do Hoffenheim é boa, mas, a preparação do momento por parte de Julian Draxler é excelente. Eu sou um bocado suspeito para escrever o quer que seja sobre o criativo jogador do PSG porque Draxler é desde há muito um dos jogadores que mais admiro no cenário futebolístico hodierno.
Sempre que penso em Draxler ou revejo mentalmente alguns dos momentos que fui assistindo do criativo (que para mim é mais um 10 do que verdadeiramente um extremo) recordo-me sempre das suas acções individuais características na esquerda (em ataque organizado ou em contra-ataque, tanto faz…), nas quais o jogador, naquela passada elegante, com aquela técnica individual que se situa num ponto bem para além de elegante, corta para dentro enquanto passa por quantos forem aqueles que se lhe opuserem, e termina com aqueles espantosos remates na passada. Este é só o cartão de visita (técnico e veloz) de um jogadores mais inteligentes do futebol mundial. Os momentos em que o jogador vem ao corredor central são na minha opinião os momentos em que o jogador liberta tudo o que realmente sabe sobre futebol: a sua inteligência. A forma em como, com uma acção, desmonta por completo toda a estratégia adversária no preciso momento em que cria uma acção benéfica para a equipa.
No golo de Demirbay contra os camarões, a entrada-apoio em progressão do jogador no espaço livre face à acção do seu colega numa situação de pressão imediata sobre o portador por parte de um dos centrais camaroneses é a situação que faz toda a diferença no lance.
Não desfazendo de todo a acção de Demirbay porque o médio foi rápido a rodar para desembaraçar-se da pressão do jogador adversário de forma a poder combinar com Draxler, “criando” o espaço que depois irá atacar…
… não poderia ter redundado no golo que redundou se Draxler não tivesse tirado completamente da jogada os dois jogadores que estão a realizar a situação de pressão com o momento de contemporização que realizou antes de servir o colega com aquele fenomenal passe de calcanhar.