130 anos!

130 anos

Se António Luís Gomes e os pares que o auxiliaram a 3 de Novembro 1887 a dar asas e a materializar o sonho (a causa) pelo qual haviam ousado lutar nos anos anteriores (o acesso à cultura) pudessem, por 10 minutos que seja, voltar a descer à terra para admirar o actual estado da sua obra, ficariam certamente maravilhados! Decorridos 130 anos, o sonho que “morava bem para lá da utopia” é nos dias que correm uma realidade bem concreta e grandiosa. Estou seguro e convicto que jamais, em momento algum, passaria pela cabeça do primeiro presidente da Associação Académica de Coimbra a possibilidade da sua obra vir a atingir no futuro, os níveis de grandeza, de participação, de envolvência, de diversidade e de multidisciplinariedade que a sua Associação veio efectivamente a atingir nos 130 anos de história que hoje se completam!

Por mais mundo que corra, por mais organizações que me sejam dadas a ver, a apreciar e a julgar, por mais formas genéricas estruturais de organização e por mais modelos organizacionais que possa estudar, nenhuma se assemelha à forma complexa (mas ao mesmo tempo simples para quem passa por aquela casa) da Associação Académica de Coimbra. Nenhuma se assemelha porque muito sinceramente não conheço uma Instituição que seja tão eclética quanto a nossa. Não conheço também por outro lado, uma Instituição de semelhante escala de grandeza que seja dirigida pelos próprios elementos que esta vai formando quer ao nível de personalidade quer ao nível de saber. Não conheço uma Instituição que tenha sido capaz de persistir no tempo e de trilhar um caminho de evolução à guisa tantas formas de pensamento divergente, de tantos interesses (internos e externos) ali instalados, de tantas discordâncias e de tamanha amplitude de vontades e de crenças. Nesse âmbito, as lutas que fui travando ao longo dos anos em que lá morei (quase literalmente) nem sempre foram fáceis, nem sempre me angariaram amizades (foram mais as inimizades que cultivei nos outros do que propriamente as amizades) mas creio que foram lutas da mais inteira justiça que me enriqueceram imenso enquanto ser humano. A Associação Académica de Coimbra não é o produto do pensamento e do trabalho de uma ou de conjunto de personalidades marcantes da sua história. A Associação Académica de Coimbra é actualmente o resultado da alma, das crenças, do pensamento diverso, da vontade, da fantasia, da vontade de transformar sonhos em realidade, do sangue, do suor, do espírito de abnegação, da tolerância, da resiliência, da mestria, do conhecimento acumulado, do amor à casa e às causas, do saber-fazer de todas as centenas de milhares de pessoas que naquela casa se fizeram ao longo de décadas, Homens e Mulheres.

Eu fui tão só e somente um pequeno fruto dessa árvore da vida, dessa verdadeira escola de formação de seres humanos. Um fruto que caiu, de maduro, dessa árvore, para a vida. Um fruto que ainda hoje sente o chamamento dessa árvore, visitando-o com alguma regularidade para matar saudades dos espaços onde outrora cresci e fui feliz.

A Amália já morreu e a Rainha Santa já não dá pontos em troca de rosas

Yankuba Jallow, Xiu Chen Yuan, Yuan Xiuqi, Malick Kujabi, Ousman Sanneh, Remi Mendy, Femi Balogun e Pa Omar Badjas. Se a Académica não carregasse consigo 130 anos de história e glória, diria que estaríamos perante um novo entreposto de comércio de escravos.

Estes foram os melhores reforços que um projecto de agente de jogadores de 27 anos, contratado (?) por Pedro Roxo para o cargo de director desportivo da Académica (depois de ter prestado um péssimo serviço à Olhanense nas últimas 3 temporadas; como será do conhecimento de muitos, os jogadores que este fedelho transportou para o clube de Olhão na temporada transacta conduziram o clube para um verdadeiro estado de ruína que culminou com a descida de divisão) trouxe no último dia de mercado para Ivo Vieira, um treinador cada vez mais ciente da miserável realidade actual do clube. Segundo a informação de fonte não-oficial que vai circulando nas últimas horas nas redes sociais, os jogadores africanos, jogadores cujo registo ou percurso é totalmente desconhecido do público (ao longo desta tarde tentei rastrear o seu percurso, não tendo obtido qualquer informação sobre o seu passado futebolístico) irão rodar na formação da Secção de Futebol. Os chineses, bem, os chineses é outra história. Mais à frente, irei dedicar-lhes um breve trecho de texto.  Continuar a ler “A Amália já morreu e a Rainha Santa já não dá pontos em troca de rosas”

Assim vai o futebol português quando a simulação ano vira grande penalidade

ou quando uma entrada assassina (susceptível de retirar o jogador de circulação por algum tempo) é punida com um suave, suavezinho cartão amarelo.

Nada me move contra o Académico de Viseu, e muito sinceramente, a Académica não mereceu ganhar a partida porque pratica um futebol tenebroso. À excepção daquela diagonal do Tozé Marreco na jogada construída pelo Marinho e de um lance construído na esquerda na 2ª parte, Ivo Vieira perdeu um ponto (justo) e ganhou aqui muito trabalho com esta equipa se realmente quiser subir de divisão, cenário que será muito difícil mas não impossível. No entanto, pelo que vou ouvindo aqui e ali na cidade, o lobby de pressão do Académico já está construído e envolve “gado grosso”, se é que me entendem. O investimento realizado para esta temporada foi avultado, ainda para mais se considerarmos que o clube não tem “ponta que se lhe pegue ao nível de receitas” se exceptuarmos os patrocinadores (que nem “dão por aí além”) e os próprios bolsos do presidente. Sim, para muitas pessoas envolvidas no clube, a começar pelo próprio presidente do clube, este é o ano do vai ou racha. O ponto de situação ao nível de investimento(s) pessoal(is) no Académico de Viseu já superou qualquer investimento realizado no passado na Académica por Campos Coroa. Sim, já estou a aplicar ao referido valor os respectivos coeficientes de desvalorização da moeda em vigor! Ou se recupera tudo o que se investiu ao longo destes últimos anos com uma subida de divisão, ou acaba tudo como acabou há uns anos atrás: com o clube nos distritais (com outro nome) a ser sustido, por pinças, pelo próprio Presidente da Câmara.

Uma equipa recheada de talento, de garra e de atitude

Uma equipa que soube reagir a todas as adversidades. Uma equipa capaz de superar mentalmente todas as adversidades estranhas que foram sendo criadas por terceiros nesta fase final da temporada. Uma equipa que teve em dois ou três elementos (Bernardo Sousa é um dos exemplos mais paradigmáticos do que acabei de escrever) o que todas as grandes equipas precisam de ter: jogadores capazes de resolver no plano individual o que o colectivo por vezes não consegue resolver por mais esforços que se empreguem por todas as unidades na entrega ao jogo.

Mais importante do que isso foi a “fome de bola” com que esta equipa jogou os seus últimos desafios oficiais para o campeonato numa fase em que pressão “se faz sentir a 1000” nas suas jovens cabeças. O poder da pressão. Um dos factores evidentes que conduziu a equipa orientada por João Couto ao título nacional foi o seu comportamento sem bola. Para além do manifesto bom posicionamento de todas as unidades e da compartimentação existente na cobertura de espaços defensivos, nos jogos em que pude observar esta equipa na fase final, o que mais me ressaltou à vista foi a capacidade que os jogadores leoninos ostentaram com bastante eficácia ao nível da pressão e da antecipação às acções do adversário nos momentos de recuperação de bola, roubando inúmeras bolas em situações em que a recuperação do esférico é só por si “meia situação” de desequilíbrio criada na defesa adversária.

Ambições completamente surreais para a realidade do clube

O arraial foi montado no Calhabé. Com toda a pujança e irreverência coimbrã, um presidente à procura da sua sobrevivência política foi buscar um treinador (Ivo Vieira) com um currículo bastante engraçado nas últimas 3 temporadas. Uma passagem bastante razoável pelo seu clube do coração, o Marítimo, e uma subida à 1ª Liga pelo Desportivo das Aves na temporada que agora tem o seu fim, fizeram pular os corações de todos os adeptos da Briosa: “é para subir, vamos subir, porque nós temos de estar na 1ª liga” – não sei qual foi o projecto vendido ao treinador que, segundo as palavras do presidente, foi, em virtude do feito alcançado, foi o “mais cobiçado do defeso” (vide a notícia na edição de hoje do Diário de Coimbra) – mas sei que para já, existem uma série de condicionantes internas que devem ser observadas por quem tem o dever de papar a informação que nos é dada, para que não se gerem ambições e expectativas completamente surreais para a realidade da Académica. As mesmas que foram depositadas no ano passado aquando da contratação de Costinha.
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Hoje Escreves Tu #16 – Um grave atentado à democracia na Associação Académica de Coimbra\Organismo Autónomo de Futebol

Nota Prévia. Marcada uma Assembleia-Geral extraordinária para o dia 22 de Junho, dois sócios da Associação Académica de Coimbra, sendo um deles o primeiro proponente do pedido realizado à Mesa da Assembleia-Geral da AAC\OAF vem a publico contestar a postura do referido órgão. Em concordância com os argumentos narrados, eu, João Branco, assumo também toda e qualquer responsabilidade que venha a ser gerada com os conteúdos que passo a publicar.

1º Texto – Por Diogo Batista de Carvalho

A Associação Académica de Coimbra / OAF foi vítima de um dos mais graves atentados democráticos da sua história. Os sócios terão de analisar e votar o orçamento da próxima época desportiva sem verem discutidos em AG o plano financeiro de médio e longo prazo e o plano desportivo que solicitaram.

Mas passa na cabeça de alguém analisar e votar um orçamento sem conhecer os objectivos da equipa sénior? Ou vão agora divulgar na comunicação social o que querem para a Académica e será dessa forma que os sócios irão saber?

Isto só cabe mesmo na cabeça do Presidente da AG que foi para o Diário de Coimbra mentir, dizendo que estava em conversações com os subscritores depois de terminar unilateralmente as conversações que iniciou.

A Mesa da AG não é independente nem defende os direitos dos sócios conforme estatutariamente previsto, tendo alterado a redacção de toda a Ordem de Trabalhos solicitada, algo que não teve permissão dos subscritores para fazer. A Ordem de Trabalhos conforme estava redigida tinha um propósito: vinculava a direcção a apresentar planos e a dar as respostas que os sócios legitimamente exigiram. Com esta Ordem de Trabalhos, os sócios correm o risco de, à semelhança da AG passada, falar, fazer perguntas, falar e fazer mais perguntas, e a direcção não se dignar a responder a uma única pergunta.

Isto, para aqueles que puderem ir. Pela primeira vez este mandato, uma AG foi marcada para uma quinta-feira depois de expressamente solicitada para uma sexta-feira. O Presidente da AG boicotou o pedido de AG e não quer que os sócios nela participem.

Vergonha não o faremos conseguir ter, mas lá estaremos.

2º Texto – Pelo primeiro proponente do pedido de AG extraordinária, Miguel Andrade.

No princípio de Maio, a Académica encontrava-se em 13º lugar da II liga, a 3 jornadas do final do campeonato e ainda sem a manutenção assegurada. Do ponto de vista diretivo, o até aí Presidente da AAC tinha acabado de se demitir por alegados motivos pessoais, sem que nenhum esclarecimento adicional tivesse sido dado aos sócios pelo ex-Vice e atual Presidente Pedro Roxo sobre a sua ‘assunção’ do cargo.

Foi nesta ressaca da pior época desportiva da histórica recente da Académica, e num clima de total instabilidade organizacional que,no passado dia 8 de Maio enviámos, por correio registado com aviso de receção, todas as 71 subscrições de uma convocatória de AG Extraordinária. A missiva foi recebida nos serviços da Académica no dia 9.

De seguida, e como habitual, os serviços confirmaram se os sócios tinham as quotas em dia e apenas excluíram 3 dos 71 subscritores. Assim, com 68 sócios a requisitarem a AG Extraordinária, estavam reunidas as condições exigidas pelos Estatutos da Académica que apenas exigem que a requisição seja subscrita por um mínimo de 50 sócios. Tendo proposto duas datas para a realização da dita AG Extraordinária (19 e 26 de maio), bastaria esperar que fosse convocada a reunião com os pontos por todos nós solicitados. Mas assim não foi!

Primeiro, o Presidente da Mesa da AG afirmou, erradamente, que a AG teria que ter pontos deliberativos (com votação). Sem eles, não a poderia convocar. Argumentámos que, embora a AG seja o órgão deliberativo da Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol, nenhum artigo dos Estatutos impede a realização de uma AG sem pontos com votação na Ordem de Trabalhos. Não aceitou o nosso argumento insistindo no seu argumento sem o conseguir fundamentar devidamente.

Foi neste momento que confrontámos o Presidente da Mesa da AG com o facto de a AG ser um espaço democrático, em que sempre existiram pontos de mera discussão, tal como em anteriores AG convocadas pela mesma pessoa que agora os exigia. Mais uma vez o Presidente da Mesa da AG foi vago e não se justificou adequadamente.

Par aalém disso,perguntámos abertamente, mais do que uma vez e da forma mais direta possível, se a adição de um ponto deliberativo da nossa parte seria suficiente para resolver o incómodo. Nunca respondeu, evidenciando estar a tentar “ganhar tempo” e a usar todo o tipo de manobras para adiar a convocatória da AG Extraordinária legitimamente solicitada.

Posteriormente, ao ser questionado se ia ou não cumprir os Estatutos e a vontade dos sócios deu, unilateralmente, por encerrado o ciclo de e-mails que o próprio havia iniciado para adiar a convocatória da Assembleia Geral e, dois dias depois,afirmou junto da comunicação social que estava em diálogo com os sócios.

Da nossa parte, este processo sempre foi democrático, simples e legítimo: os sócios assinaram uma requisição de AG Extraordinária que reunia todas as condições estatutariamente exigidas para a sua convocatória. Seria difícil algo mais simples do que isto.

Como é público, o Presidente da Mesa da AG convocou uma AG Ordinária para o dia 22 de Junho, quinta-feira. Surpreendentemente, na ordem de trabalhos, os pontos que por nós tinham sido requeridos para discussão foram transformados em meras alíneas do 2.º ponto da AG Ordinária.

Com este novo contexto, importa ainda realçar que (i) a escolha de data da AG Extraordinária, para além da já mencionada pertinência desportiva e importância para o futuro da Académica, tinha sido cuidadosamente pensada com vista a discutir os planos desportivo e financeiro de médio e longo prazo que esta direção tem para a Académica,precisamente antes da análise do orçamento da próxima época desportiva; (ii) esta AG Ordinária é marcada mês e meio depois de ter dado entrada o requerimento para a marcação de uma AG Extraordinária, e numa data mais perto do início da próxima época do que do fim da atual; (iii)pela primeira vez no atual mandato, a AG Extraordinária é marcada a uma quinta-feira!

Perante esta decisão, não consideramos que esta convocatória de AG Ordinária espelhe aquilo que legitimamente solicitámos e queficou claro em todas as trocas de e-mails, onde afirmámos querer tudo conforme constava da convocatória (datas e pontos de discussão). A este propósito, convém ainda sublinhar que o Presidente da Mesa da AG não está, de maneira nenhuma, mandatado para fazer distribuições discricionárias de pontos de discussão de AGs Extraordinárias nem para os incluir em AGs Ordinárias.Além do mais, o facto de esta AG Ordinária ser convocada a uma quinta-feira,num momento crucial da história da Académica (sabendo o Presidente que parte significativa dos sócios mais jovens da Académica trabalham e residem em Lisboa), é elucidativo da falta de vontade política do Presidente da AG em promover a discussão do futuro da Académica.

Com a recusa terminante demarcar a AG Extraordinária para as datas previamente solicitadas, a atitude do Presidente da Mesa AG representa não só um boicote premeditado a esta tentativa de reunião dos sócios, mas também uma obstrução democrática sem precedentes, uma vez que é a primeira vez na história recente da Académica que uma AG Extraordinária, com assinatura de mais de 50 sócios, não é convocada.

No plano dos princípios que devem reger uma casa que é o maior bastião da democracia em Portugal, é inaceitável que, num momento particularmente crítico do clube, a participação dos sócios na vida da Académica seja obstruída pelo Presidente da Mesa da AG.

Concluímos com um apelo aos sócios da Académica para que, apesar de todos impedimentos, marquem presença na Assembleia Geral Ordinária marcada para dia 22 de Junho.

Saudações Académicas.

Declarações que ficam para a História

“eu espero que rapidamente a cidade perceba que se não estiverem todos unidos em torno do clube, o clube irá sempre andar ou para a esquerda ou para a direita… nunca irá ter um rumo certo. (…) A Académica é um clube de Primeira. Não basta dizer que é um clube de 1ª Liga, é preciso demonstrá-lo…”

1 ano em Coimbra chegou e sobrou para Costinha resumir numa breve declaração a história dos últimos 43 anos da Secção de Futebol da Associação Académica de Coimbra\Clube Académico de Coimbra\Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol – uma manta de retalhos (sistematicamente rota e falida) que anda ao sabor de vários poderes instituídos (alguns deles obscuros que trabalham na sombra; se hoje lhes dessem a possibilidade de governar os destinos do clube, fugiriam dessa responsabilidade, como tem fugido ao longo de vários anos, escudando-se nos seus lugares menores na direcção e nos Conselhos para continuar a exercer o seu catedrático poder sobre a coisa que possuem como se de um direito real se tratasse) e de mudanças “politiqueiras” que servem interesses de bairro. Já nem falo do demissionário presidente. Paulo Almeida entrou com a corda toda para sair sem qualquer tipo de corda porque os fios foram descarnando ao longo dos tempos, chegando este à evidente conclusão que não havia volta a dar: o clube está tecnicamente falido.

O mais grave é que este conjunto de treinadores-adeptos, de dirigentes-adeptos, de presidentes-adeptos que para além de não pescarem nada de futebol ou de gestão desportiva, continuam a não permitir que o clube se modernize e se possa adaptar às exigências financeiras do futebol moderno. Continuo a referir que foram essas as pessoas (eu conheço-os bem mas não cito nomes) que há uns anos atrás mataram o futuro da Académica ao votar favoravelmente a constituição de uma SDUQ em detrimento de uma Sociedade Anónima Desportiva, limitando por completo a possibilidade deste clube ter recursos financeiros mais vastos e alguém capaz de pensar uma estratégia a médio e longo prazo.

São essas as pessoas que não conseguem compreender que um clube que não recebe regularmente a entrada de capitais, que fica imediatamente impedido de ter um parceiro de negócio e que por conseguinte não tem portanto, alguém que veja o futebol como um negócio (o que implica obrigatoriamente a adopção de uma estratégia coerente; sem o percurso de um caminho uno, por mais certo ou errado que esse caminho se venha a provar, não pode obviamente existir sucesso) fica automaticamente limitado na sua acção: sem uma equipa capaz de praticar bom futebol de forma a poder lutar por objectivos coadunáveis com a sua história, as pessoas não compram o espectáculo. Se as pessoas não compram o triste espectáculo que lhes é oferecido, o clube jamais poderá ambicionar o quer que seja, ficando estagnado nas parcas receitas que obtém. Encaremos portanto os factos de frente: o clube está falido e não poderá inverter esta situação com recurso a receitas próprias porque neste momento, as receitas da Académica não podem competir com o poderio do investimento que é realizado pelos agentes que detém a propriedade das sociedades dos outros clubes. Logo, é altura de mudar. Aliás, como referi anteriormente, essas pessoas já o deveriam ter feito quando optaram pela “solução má”, ou seja, pela constituição de um modelo de gestão que colocou a Académica numa redoma (“orgulhosamente sós”) muito perigosa.

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