Começo pela sensacional reviravolta operada pelos Hammers de Slaven Bilic (a imprensa britânica decidiu qualificar esta vitória como um glorioso momento no qual os jogadores londrinos foram buscar engenho e forças ao fundo do poço para resgatar o seu treinador; técnico que estaria certamente por horas em caso de derrota, em virtude dos maus resultados que a equipa tem averbado para a Premier; Bilic rejeitou no entanto a crítica que lhe foi feita pela imprensa em relação ao estado de forma física da equipa) no derby londrino realizado na quarta-feira à noite frente ao Tottenham de Pocchettino em jogo a contar para os oitavos-de-final da Taça da Liga Inglesa.
A coisa não começou manifestamente bem para os Hammers no capítulo da organização da pressão, e da organização defensiva. Nos primeiros minutos da partida Bilic mandou subiu o bloco, colocando a sua defesa apontada na linha divisória do meio-campo, de forma a fazer subir as duas linhas que jogam à sua frente no terreno para pressionar em terrenos adiantados a saída para o jogo do adversário, estratégia que visou sobretudo a prossecução de 3 objectivos muito básicos: em primeiro lugar, impedir impedir que a formação de Maurício Pocchetino pudesse dominar a partida através da posse no seu meio-campo. Em segundo lugar, a estratégia inicial traçada pelo croata visou impedir que a formação de Pocchettino pudesse sair no contra-ataque, transição na qual os Spurs se tem revelado muito eficazes nos últimos jogos. Em terceiro lugar, a pressão alta poderia permitir à sua formação recuperar bolas para manter viva a sua iniciativa no meio-campo adversário, obrigando o adversário a encolher-se nos seu último reduto.
O primeiro golo do Tottenham nasce de um conjunto de erros cometidos pelos jogadores de West Ham na pressão e no capítulo da transição e organização defensiva.