O expoente da grandeza

Do discurso emocionado e repleto de orgulho do neto de Jesus Correia, retive uma fase: “O meu avô, no fundo, representa o início do Sporting e a grandeza do Sporting” – Pedro, não poderias ter sido mais certeiro na tua afirmação, porque eu e outras tantas dezenas, senão tantas centenas de milhares ou até mesmo milhões, somos o produto da grandeza que o teu avô edificou. A grandeza do teu avô não se poderá apenas medir, pelos títulos que conquistou ou pelas distinções individuais e homenagens de que foi alvo em vida. A grandeza construída pelo teu avô e pelos outros 4 Violinos, foi o sportinguismo que ele fez florescer no coração de tantos homens da sua geração, sportinguismo que foi transmitido hereditariamente de geração em geração até chegar à minha. Se hoje sou sportinguista em muito o devo ao teu avô visto que foi ele quem cultivou a paixão pelo clube do meu há 70 anos. O meu fez 80 anos ontem. Tenho que te dizer que me custa imenso vê-lo envelhecer e que ainda não estou de todo preparado para a sua partida. Tenho que admitir que nos últimos tempos não o tenho visitado com a regularidade que seria desejável. Essa deverá ser talvez a minha maior falha. Se alguém lhe perguntar quem foi o melhor jogador que ele alguma vez viu jogar ele dir-te-à que foi o Travassos, o Zé da Europa. Mas se lhe perguntarem quem foi o maior desportista da história desta Nação, ele responderá que foi o Jesus Correia porque até ao berlinde “O Jesus Correia seria certamente o campeão do mundo”.

Hipocrisia é com o Liedson!

«É difícil arriscar um placar. Vai ser duro, o Benfica é forte, um derby é sempre muito imprevisível. Não arrisco um resultado certinho, para não dar má sorte, mas como sportinguista até à morte que sou arrisco uma vitória nossa, é preciso jogarmos bem, confiantes, atentos, acho que essa vai para nós sim.» In, A Bola, 21-04-2017

Se recuarmos na máquina do tempo, em declarações ao site do Porto, reproduzidas pelo Jornal de Notícias, aquando da sua chegada a Portugal para representar o clube, disse o jogador a 24 de Janeiro de 2013:

“Foi a oportunidade que surgiu agora. Na verdade, era um desejo de há alguns anos mas apenas se concretizou agora. Estou feliz por o FC Porto ter acreditado novamente em mim e dar-me esta oportunidade. Espero retribuir da melhor maneira esta confiança”

Quando nas conversas sobre futebol digo a alguém que não vejo Liedson como um jogador notável da história do Sporting ou como um símbolo do clube, refiro-me precisamente a isto, a esta forma de ser do homem. O “Sportinguista até à morte”, o jogador que meteu o Sporting e a sua seguradora associada em tribunal por alegadada incapacidade física quando ainda trabalhava (e bem, sem limitações, no rival), o homem que já tinha “o desejo de jogar no Porto” quando era o mais bem pago do plantel do Sporting e o jogador mais idolatrado pela massa adepta do clube, o homem que deve tudo ao Sporting, desde a principesca fortuna que acumulou em Portugal e que de resto não teria se tivesse continuado no futebol brasileiro, até ao cenário que foi gentilmente acedido pelo Sporting para ir, a meio de uma temporada dramática (2010\2011) na qual ainda estávamos a lutar por objectivos para o Corinthians por razões financeiras, é afinal um homem hipócrita, mal formado, infame e ingrato.

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