Thomas De Gendt. Para muitos, o nome deste belga de 30 anos nada diz. Para os amantes de ciclismo, é sinónimo de muita qualidade e acima de tudo de muita entrega à modalidade. Especialista na arte de expor a cara ao vento dia após dia, “morto na praia” tantas vezes naquelas dolorosas epopeias de dezenas de quilómetros que terminam a poucos metros da meta, em solitário ou com companhia, o belga é actualmente um dos melhores especialistas em fugas. O seu currículo fala pelo seu talento. Se exceptuarmos aquele maravilhoso (mas irrepetível) 3º lugar na geral da edição de 2012 do Giro, prova na qual o belga esteve a um pequeno passo de conquistar (haveria de ser conquistado pelo canadiano Ryder Hesjedal, ciclista entretanto retirado do ciclismo profissional desde o final da temporada de 2016), De Gent tem um palmarés (vitórias em etapas em provas como o GP de Waregem, Volta à Valónia, Volta a Navarra, Paris-Nice, Volta à Suíça, Giro d´Italia, Volta à Catalunha, Tour de France, Criterium Dauphiné e agora na Vuelta) invejável construído praticamente à base de escapadas e surpreendentes ataques nos quilómetros finais das etapas.
Esta vitória não foi excepção. Inserido numa fuga de várias unidades, onde circulou o nosso Rui Costa (já lá vamos), o belga foi o mais rápido no sprint realizado em Gijón.
Na geral, a Sky manteve tudo em pratos limpos no dia que antecede o “final virtual” da prova no Alto do Angliru, num dia em que Alberto Contador voltou a atacar. Continuar a ler “Vuelta – 19ª etapa – Prémio de temporada merecido para Thomas De Gendt”