Volta à Polónia – 2ª e 3ª etapa –

Sacha Modolo conquista a sua 6ª vitória da temporada no frenético sprint disputado na chegada a Katowice.

A 20 km da meta ninguém previa o que viria a acontecer na chegada a Katowice. A 2ª etapa da Volta à Polónia parecia estar envolta na verdadeira paz do senhor. O bando de fugitivos que passou “meio-dia” na estrada não teve recursos para fazer aquecer sequer os homens da Bora e da Trek. Na verdade, o seu intuito também não era, de facto, esse mas sim a possibilidade de mostrar os símbolos dos patrocinadores estampados nas suas camisolas. O ritmo de corrida que se verificava até esse preciso momento era baixo e tudo apontava para que a etapa pudesse caminhar com muita tranquilidade para os últimos km.  Continuar a ler “Volta à Polónia – 2ª e 3ª etapa –”

Os golos do dia

Comecemos pelo primeiro golo do Benfica frente ao Arsenal na copiosa derrota sofrida pelos encarnados frente aos Gunners por 5-2. Não preciso de medir bem as palavras. A derrota foi copiosa. Não pelo que o Benfica fez nos momentos ofensivos, porque os encarnados fizeram um jogo muito aceitável no plano ofensivo, não pelas falhas defensivas (falhas que de resto têm vindo a ser o principal problema para Rui Vitória nesta pré-temporada) mas pelo banho de futebol que os encarnados encaixaram dos londrinos na 2ª parte. Se me dessem hoje, face ao futebol que os Gunners tem vindo a praticar nesta pré-temporada, um contrato no qual se estipulasse que os gunners venceriam a Premier League se continuarem a praticar este futebol, tenho a certeza que o assinava sem reservas e sem ver as abusadoras regras estipuladas nas letras miúdinhas a rodapé. No entanto, sei, por experiência que a equipa de Arsène Wenger é uma equipa que costuma encantar imenso nos jogos teoricamente mais fáceis para posteriormente, penar naqueles onde tem a obrigação de fazer a diferença, ou seja, nos jogos contra os outros grandes do campeonato, ou no terrível e assumidamente nefasto trânsito natalício.  Continuar a ler “Os golos do dia”

Imagem do dia

Um final feliz! Haimar Zubeldia pendurou ontem, aos 40 anos da idade, a sua bicicleta perto de sua casa (Guipuzkoa) na Clássica de San Sebastian conforme o que tinha planeado no início desta temporada. Para trás ficam 20 anos de um enorme profissionalismo e de um percurso bastante difícil (principalmente quando o ciclista teve que lidar, no ano de 2012, com uma cardiopatia que quase lhe terminou a carreira) com pouquíssimas falhas. O trepador formado na magnífica escola de escaladores que era a antiga equipa basca Euskatel (faz muita falta ao ciclismo; a formação basca era uma verdadeira escola de formação de talentos para a alta montanha) adaptava-se muito bem a qualquer estatuto que lhe fosse dado numa equipa e não desiludia nenhum director desportivo que apostasse todas as suas fichinhas nas suas capacidades e no seu elevadíssimo índice de trabalho: o ciclista basco tanto era capaz de liderar equipas como era capaz de ser visto constantemente a fazer o penoso vaivém entre o pelotão e os carros de apoio para transportar águas para os companheiros. Continuar a ler “Imagem do dia”

Michal Kwiat “Supersonic” Kowski vence a explosiva Clássica de San Sebastian

Explosiva. Táctica. Demasiado táctica. Incisiva. A edição deste ano da mítica Clássica de San Sebastian voltou a oferecer-nos ciclismo no seu seu estado puro: explosivo, emotivo, pensado ao pormenor e ofensivo. Na chegada a San Sebastian, o polaco Michal Kwiatkowski, ciclista que se tornou campeão do mundo em 2014 em solo espanhol (mais concretamente na lindíssima região de Ponferrada) juntou a vitória na clássica mais emblemática que é disputada aqui no país vizinho ao seu extenso currículo neste departamento de provas. A Sky mereceu mereceu por inteiro a vitória conquistada ao sprint pelo all-arounder polaco. Com uma abordagem extremamente ofensiva (e causadora de imenso desgaste nos rivais) nos últimos 30 km, a formação britânica foi aquela que mais esforços realizou para poder festejar a vitória no final dos inclinados e expressivos 230 km de corrida. Num final disputado ao sprint em grupo reduzido, Kwiat fez prevalecer a sua superioridade ao nível da finalização de etapas para bater a gigante concorrência que se formou nos últimos 10 km da prova. Continuar a ler “Michal Kwiat “Supersonic” Kowski vence a explosiva Clássica de San Sebastian”

Volta à Polónia – 1ª etapa – A raiva de Peter Sagan

Rui Costa está na Polónia a participar na grande volta daquele país. A prova polaca servirá essencialmente ao português para se preparar para a sua participação na Vuelta. O melhor ciclista português da actualidade não irá participar na prova de estrada dos Campeonatos Europeus de Ciclismo no próximo dia 6.

 

Dos Campos Elísios passamos directamente para o verão polaco. A 74ª edição da Volta à Polónia já está na estrada. Até dia 4, sexta-feira, 154 ciclistas irão tentar tentar conquistar uma prova de 7 etapas (entre as quais 3 etapas de montanha com 2 chegadas em alto) que já foi conquistada por nomes de características tão díspares como Darius Baranowski, Serguei Ivanov, Ondrej Sosenka, Laurent Brochard (o verdadeiro Axel Rose do ciclismo!), Kim Kirchen, Stefan Schumacher, Johan Van Summeren, Jens Voigt, “Bala” Alessandro Ballan, Daniel Martin, Peter Sagan, Moreno Moser, Pieter Weening, Rafal Majka, Jon Izaguirre ou Tim Wellens da Lotto-Soudal. Wellens não está presente na edição deste ano. Dos restantes vencedores dos últimos anos (alguns já terminaram as suas carreiras) estão presentes nomes como Peter Sagan, Rafal Majka e Moreno Moser. Continuar a ler “Volta à Polónia – 1ª etapa – A raiva de Peter Sagan”

Sporting 1-0 Fiorentina – aspectos positivos e aspectos negativos da exibição do Sporting

Aspectos positivos  Continuar a ler “Sporting 1-0 Fiorentina – aspectos positivos e aspectos negativos da exibição do Sporting”

O golo do dia

Do que tenho visto da participação do Inter na International Champions Cup, ou muito me engano ou Luciano Spaletti está a alimentar um verdadeiro, produto e proficiente “cavalão de corrida” para o contra-ataque. Continuar a ler “O golo do dia”

Incongruências

Adenda prévia para situar os leitores: eu não concordei com grande parte dos pontos do artigo de Nicolau Santos. O facto de não ter concordado com grande parte das ilações tomadas pelo sub-director do Expresso no seu mais recente artigo sobre o Sporting, não me dá o direito de o censurar, de o limitar ou de o encaminhar para a escrita da opinião que quero ler. A reflexão e o pensamento, desde que trilhado segundo uma lógica de racionalidade, é, indiferentemente da concordância ou não concordância em relação aos argumentos construídos e expressados, um exercício que deveria ser praticado por todos.

Nuno Saraiva não acrescentou nada à comunicação do Sporting desde o momento em que foi convidado pelo presidente para assumir tão espinhoso departamento do clube. Saraiva é, e esse facto veio a acentuar-se ainda mais quando o presidente decidiu abandonar as redes sociais, um veículo de transmissão do pensamento do presidente. Uma espécie de marionete que Bruno de Carvalho usa e abusa para poder emitir opinião sem ser queimado vivo em praça pública e sem ser sancionado nos órgãos competentes. A um assessor ou director de comunicação não se pede, por ofício, o mister de alinhar sistematicamente pelo diapasão do pensamento do presidente. Se todos os clubes funcionassem nos mesmos moldes em que funciona actualmente o Sporting, estou certo que não precisariam de pagar mais um salário a um agente: os presidentes assumiriam simplesmente a função. A um director de comunicação compete acima de tudo gerir os momentos de comunicação dos agentes do clube – quem fala, como fala, quando fala, com quem fala, com que tom de voz e com que argumentos ou justificações. O que vemos no Sporting é total inversão desse modus operandi: toda a gente fala (o presidente é o que mais fala, nos momentos mais despropositados com os argumentos mais despropositados e com tom mais despropositado em cada momento; prejudicando na maior parte das vezes o clube), o director de comunicação deixa que toda a gente fale à vontade, e em vez de colocar alguma água na fervura, também ele serve de veículo à produção de declarações.

Segundo Saraiva, “o presidente” (Saraiva jamais fala na primeira pessoa, limitando-se a dactilografar aquilo que o presidente lhe vai ditando) “jamais coloca em causa a legitimidade ou o direito à crítica” e “não persegue o pensamento divergente”, que deve ser apresentado e “produzido nos locais próprios”, ou seja, nas Assembleias Gerais do clube. O presidente, pessoa que tanto utiliza os direitos, liberdades e garantias plasmados na Constituição da República Portuguesa para salvaguardar o seu direito à liberdade de expressão e opinião, quer que todos os sócios e os adeptos não se possam expressar livremente da forma que mais lhes aprouver e sejam obrigados a produzir as suas críticas nos sítios onde habitualmente só vão aqueles que são apaniguados do regime. Sim. As Assembleias Gerais do Sporting são quase exclusivamente frequentadas por meia dúzia de apaniguados do regime ou por um bando de “reformados sonecas” que papam toda a informação que lhes é transmitida. Só assim se explicam por exemplo, as eleições de Dias da Cunha, Filipe Soares Franco, José Eduardo Bettencourt ou do diabólico Godinho Lopes.

Por outro lado, se o “pensamento divergente” não é perseguido, não vejo portanto a necessidade de “vir tantas vezes a terreiro” responder ao autor da divergência. Nem vejo qualquer necessidade de, no acto de resposta, tentar encaminhar o divergente para os locais ditos “adequados” para a produção de crítica. Há portanto aqui uma enorme incongruência. Se o presidente lidasse bem com a crítica, não teria de vir tantas vezes a público responder à crítica. Quando uma crítica é má, costuma-se dizer que os “cães ladram mas a caravana passa” – no Sporting, todos os “cães” são merecedores de uma resposta. A caravana não passa disso mesmo: refém de todos os “cães” que “publicam opinião sem o efeito de apoucar os dirigentes, treinadores e atletas”.

Da próxima vez, agradecemos que citem as fontes

No Sporting Especial de ontem, o nojento Carlos Dolbeth (por mais Sportinguista que seja não me revejo nem me identifico em pessoas que utilizam os argumentos ad-hominem e a brejeira, barata e cruel arma do insulto para tentar fazer vingar uma série de ideias toscas) decidiu começar a sua intervenção com uma proposta sui generis. Vejam os primeiros 6 minutos do vídeo e comparem o comentário de Dolbeth com o que aqui escrevi…

(…) 1 hora e meia antes do programa ir para o ar. Palavra por palavra. Fio por fio. Sem um simples obrigado, sem uma única menção ao autor material da ideia. A mesma atitude não aconteceu, mais à frente, quando o infeliz comentadeiro decide sair fora de um dos tópicos lançados pelo apresentador para encetar um breve momento de publicidade à obra do seu amigo Fernando Correia sobre os 5 violinos. O que é que me difere portanto de Fernando Correia? Ah, já sei. Segundo os Sportinguistas, profissionais como Fernando Correia e Carlos Dolbeth são fontes de informação especializadas sobre a matéria e sportinguistas dos 7 costados. O blogger João Branco é, segundo muitos, um mero treinador de bancada, um mentiroso, um criador de notícias (sim, uma grande percentagem da população portuguesa não sabe distinguir uma notícia de um comentário ou de um artigo de opinião) e um apaniguado do rival.

É bom saber que muita da opinião que aqui partilho é sistematicamente utilizada por uma data de pessoas que trabalham no clube. Também sei que o treinador do Sporting também me lê e concorda com muitos pontos de vista que vou escrevendo. É gratificante. Porém, peço encarecidamente para não utilizarem essa opinião à “má fila” como de sua se tratasse. É injusto para quem tem o trabalho de raciocinar e para quem, à custa dos outros, fica sempre bem na fotografia.

Aspectos positivos e negativos que me agradam\desagradam neste Porto de Sérgio Conceição

  • Transição apoiada e muito dinâmica, na qual todos os jogadores procuram mover-se para oferecer linha de passe e baralhar por completo a defesa adversária. Oliver é o cérebro da construção. Entradas de jogadores entre linhas. Vejam-se por exemplo as movimentações de Brahimi e Corona dentro do bloco adversário ao minuto 1:58.
  • O comportamento de Danilo quando a equipa tem a posse de bola não é uma novidade. Quando o trinco se junta aos centrais num sistema de 3 em posse, permite a abertura dos centrais e a projecção dos laterais no terreno. Os centrais interligam o jogo com o interior (laterais) e a projecção dos laterais permite aos extremos adoptar uma posição mais interior. Conforme o posicionamento que aqui vemos:

A vermelho: os dois laterais (Ricardo e Telles subidos, projectados), Brahimi e Corona, dentro do bloco adversário.

A azul: os centrais a interligar rapidamente o jogo com os laterais.

A preto: o espaço dado pelo lateral do Portimonense. Pode ser atacado rapidamente pelo lateral do Porto ou pode dar azo rapidamente a um 1×2 em virtude do posicionamento de Corona. Bastará que o extremo se aproxime e tabele para colocar o seu lateral com possibilidade de cruzar sem oposição ou lançar Aboubakar na área.

A defesa do Portimonense irá ser naturalmente arrastada para o flanco esquerdo. Se eventualmente o lateral devolver o passe ao central, este pode tentar variar imediatamente para o outro lateral.

  • Os triângulos nas alas oferecidos pelos avançados ou pela entrada dos médios interiores nos corredores. Superioridade numérica no seu expoente, sem que os avançados descurem o trabalho de área que tem que realizar:

Soares

Herrera

Herrera\André André – excelente incursão sem bola deste último para o espaço vazio para o qual Hernani vai passar. Adorei este lance. Excelente futebol.

  • Pressão média (a caminhar naturalmente para o modelo de Conceição, ou seja média\alta no meio-campo adversário, logo à saída de jogo) algo eficaz mas com uma pescadinha de rabo na boca.

Nesta jogada (minuto 5:55 do vídeo) Alex Telles está claramente a dormir. O posicionamento do lateral obriga a equipa a meter um jogador adicional no momento de pressão ao adversário. Os jogadores da formação algarvia conseguem retirar a bola da zona de pressão, para a entrada de um jogador numa posição que não está ocupada. Acresce o facto de Danilo estar ligeiramente mal posicionado. Nem está perto o suficiente para cortar logo o tempo e o espaço para pensar e executar ao jogador nem está a fazer a marcação ao avançado.

O desequilíbrio está criado. Ricardo Pessoa tem duas linhas de passe. Na esquerda (Ricardo foi obrigado a vir ao meio compensar) e no próprio avançado. Optou e bem pela colocação da bola no flanco esquerdo.

Ou muito me engano ou este Porto será muito permeável assim que as equipas adversárias conseguirem ultrapassar a pressão que é executada pela sua linha média.

  • Os laterais encontram em demasia aos centrais e dão muito espaço.

A única excepção é, para já, Maxi.

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