3ª etapa – Jakub Mareczko continua o seu passeio pela China.
A 3ª etapa da prova chinesa foi disputada de acordo com um guião muito idêntico aquele que já tinha orientado a actuação dos diversos actores na etapa anterior da prova. Jordan Cheyne, o canadiano da Jelly Belly p\b Maxxis, corredor que na 2ª etapa havia encetado uma fuga que haveria, à posteriori, quando o ciclista de 26 anos já se encontrava em regime de solitário na frente da corrida, de morrer a 900 metros da meta, voltou a tentar a sua sorte. Numa primeira fase da escapada, logo após a disputa de um sprint intermédio, Cheyne saiu com mais 4 atletas. O figurino final da fuga redundou num trio que pode rodar calmamente na dianteira da corrida até à passagem dos 4,5 km para a meta porque lá atrás, no pelotão, a Willier Triestina, formação do líder da prova, Jakub Mareczko, voltou a empregar poucos esforços no trabalho de perseguição – controlando no fundo apenas o tempo de vantagem da fuga, tempo que rondou os 30 segundos (estando sempre os fugitivos à vista do pelotão) nos últimos 40 km. Com esta opção estratégica pretendia a Willier poupar unidades para o acto de lançamento do sprint (onde Mareczko foi novamente obrigado a ter que procurar as melhores rodas para poder participar na discussão pela vitória de etapa) e obrigar as equipas interessadas numa chegada ao sprint a trabalhar na frente. A japonesa Ukyo (de Jon Aberasturi, o sprinter que conquistou a primeira etapa da prova) foi a única que manifestou interesse em colaborar com a formação italiana. Tanto a Bardiani como até a ucraniana Kolss por exemplo, trataram de reunir os seus blocos na testa do pelotão, à espera do melhor momento para assenhorar-se da sua dianteira, sem contudo terem colocado unidades no esforço de perseguição que estava a ser movido. A formação de Barbin chegou inclusive a colocar um problema adicional na corrida quando nos quilómetros finais, numa fase em que os ciclistas ultrapassavam uma pequena inclinação, lançou Alessandro Tonelli ao ataque. À Delko Marseille do “camisola verde” (em função da camisola amarela envergada por Mareczko) não interessava colaborar com a Willier por motivos óbvios, visto que tinha um corredor em fuga.
À semelhança do que aconteceu na 2ª etapa, a Bardiani acabou por entrar na frente na entrada do último km, com 2 ciclistas a carregar Barbin, mas Mareczko, bem posicionado na 4ª posição do bloco de lançamento voltou a beneficiar dessa exímia colocação, e do lançamento de sprint promovido por Anthony Giaccopo (3º classificado) da Isowhey para galgar metros no seu inconfundível e eficaz estilo de sprint. Continuar a ler “Tour de Hainan – Jakub Mareczko pulveriou toda a concorrência da 3ª à 5ª etapa”