Face à muralha de jogadores que o adversário colocou na área, Wijnaldum foi obrigado a sacar dos galões para encontrar espaço para disparar aquela bomba. No entanto, no início da jogada, com aquele pequenino toque de excelência técnica, o holandês teve o mérito de desmontar por completo a linha média adversária, abrindo espaço para a saída para o contra-ataque.
Depois de um arranque algo irregular na Premier, arranque no qual, pesem os interessantes e bem trabalhados pormenores demonstrados pela equipa no capítulo da organização da pressão (“a menina dos olhos de Jurgen Klopp”) e da transição para o contra-ataque (pormenores que permitiam à equipa passar rapidamente de uma mentalidade defensiva para uma mentalidade ofensiva, procurando servir, com pragmatismo em profundidade, em cada recuperação, as velozes investidas dos seus homens da frente, em especial as de Sadio Mane e Mohammed Salah) acabou por sobressair (pela negativa) a fragilidade defensiva do quarteto defensivo orientado pelo técnico alemão, o Liverpool vai começando a “despertar” para uma fase de maior regularidade quer em termos de resultados, quer em termos exibicionais, embora os 12 pontos de diferença para o City e a mais que evidente diferença de qualidade entre os planteis e o futebol das duas equipas, não permitam aos reds dizer que estão em condições de atacar o quer que seja pelo menos na presente temporada. Para reforçar esta ideia, sirvo-me da miserável exibição realizada por Dejan Lovren frente ao Tottenham, exibição no qual o croata e o seu colega de sector, o camaronês Joel Matip demonstraram possuir muitas dificuldades no controlo à profundidade adversária. Continuar a ler “Os golos da jornada (1ª parte)”