Verticalidade, velocidade, mobilidade e o apoio frontal certeiro de Gabriel Jesus para abrir o espaço que permitiu a DeBruyne abrir o marcador e limitou a acção de Christensen

É isto que Guardiola gosta de ver. Verticalidade no início da construção, velocidade, mobilidade ( o arrastamento promovido por Gabriel na cedência do apoio frontal permite a criação de um espaço que vai ser aproveitado por DeBruyne para a entrar no espaço vazio que existe ali à entrada da área, limitando posteriormente a intervenção do central no momento em que de Bruyne se prepara para armar o remate; Christensen chega atrasado ao lance, não lhe sendo portanto possível limitar a acção de remate do belga) e pragmatismo.

Courtois!

Influente a segurar o empate que é para já garantido pelo Chelsea na recepção ao controlador City.

A formação de Guardiola está a ter naturalmente o controlo total da partida (quer em termos de posse; 66%; 315 passes com uma eficácia na casa dos 90%; quer também em termos de domínio territorial) mas esta a terá algumas dificuldades para chegar à baliza dos Blues. A construção está a ser óptima mas têm faltado 30 metros ao jogo do City. Partida nos designados “2 blocos de Guardiola” (os dois laterais Delph e Kyle Walker tem-se limitado a entrar no miolo no momento de construção; a estratégia dos laterais invertidos aqui explicada há bem pouco tempo) com Sané e DeBruyne bem abertos nas alas (para obrigar a equipa londrina a estender-se mais no terreno; a partir do minuto 35 o belga procurou outros espaços, inserindo-se mais entre as linhas adversárias no corredor central) e Sterling a adoptar uma posição interior mais próxima de Gary Cahill para facilitar acções 1×2 que possibilitassem a DeBruyne a conquista da linha de fundo e a possibilidade de tirar cruzamentos para a área sem oposição. O “vagabundo” David Silva tanto tenta activar o flanco direito como tem vindo à esquerda realizar as mesmas combinações com Leroy Sané. O espanhol teve nos pés uma das maiores situações de perigo quando numa dessas combinações, através de uma entrada para área pelo interior do corredor esquerdo, obrigou, com um remate cruzado (efectuado sob pressão de Fabrègas; os londrinos tem conseguido concentrar muita gente na área sempre que os citizens entram no seu último terço com bola) Courtois a uma defesa apertada. Continuar a ler “Courtois!”

Manchester United vs Crystal Palace

Acredito que, para vir a Old Trafford realizar este espectáculo deprimente, mais valia aos jogadores do Crystal Palace terem ficado no jardim anexo ao estádio a tratar das belas roseiras que por lá se encontram em viva flor. A primeira parte da exibição dos palacianos em Manchester atesta e corrobora bem a razão pela qual a equipa do conservador e arcaico Roy Hodgson ocupa o último lugar da tabela sem ter marcado qualquer ponto e sem ter somado qualquer golo em 6 jornadas. Continuar a ler “Manchester United vs Crystal Palace”

Uma breve abordagem ao “mercado de transferências” do pelotão internacional (1ª parte)

Nota prévia: Como a lista de movimentações foi extensa e ainda tenciono escrever umas linhas sobre os rumores que tem sido publicados pelos órgãos de imprensa especializados, decidi fragmentar este post em 3 partes. Esta será a 1ª parte do post. A segunda sairá o mais tardar na segunda-feira. 

A sensivelmente um mês do “encerramento das cortinas” no que à cénica temporada de 2017 diz respeito e apesar de ainda existirem no próximo mês um conjunto de provas interessantes (Giro da Lombardia, o Giro Dell Emília, o Tour de L´Metropole, a Milão-Turim, o Paris-Tours, a Volta à Turquia, o Chrono des Nations, Tour de Hainan – China ou a Japan Cup) que podem ser aproveitadas por alguns ciclistas para dar lustro a uma época menos conseguida, para ampliar o palmarés obtido ao longo da temporada ou abrilhantar ainda mais a sua sala de troféus, é natural que grande parte das equipas já estejam a preparar o planeamento da próxima temporada. Se algumas equipas ainda tentam nesta altura do ano resgatar para o seu seio alguns dos free-agents que ainda continuam com o seu futuro indefinido, outras já começaram a pensar e a planear o que é que vão fazer a partir do próximo mês de Dezembro porque já conseguiram pescar no mercado todos os corredores que lhes suscitavam interesse. Uma generosa fatia do pelotão mundial irá de férias a seguir ao Chrono des Nations, ficando apenas um número muito reduzido de estrelas para as provas asiáticas, provas nas quais Christopher Froome ou Vincenzo Nibali (entre outros) irão marcar presença em virtude dos compromissos de índole comercial assinados pelos próprios ou pelos patrocinadores das suas equipas com as respectivas empresas organizadoras das provas.

barguil

Warren Barguil irá assumir a chefia absoluta do projecto da região de onde é natural, garantindo assim à Fortuneo a mais que certa atribuição (por parte da ASO) de um wild card de participação no próximo tour e mais um argumento para lutar pela vitória na divisão UCI Pro Continental, triunfo que poderá abrir à formação dirigida por Emmanuel Hubert uma licença de participação nas provas de categoria World Tour

O “mercado de transferências” (salvaguardo sempre o uso de aspas para designar este termo visto que ao contrário de outras modalidades, o ciclismo ainda é uma modalidade no qual os contratos assinados pelos diversos agentes, na maior parte dos casos, são escrupulosamente cumpridos até ao fim) já abriu no passado dia 1 de Agosto. Logo no primeiro dia da janela de transferências, simbólico dia que marca o período no qual a UCI permite às equipas a negociação de contratos para a temporada seguinte com atletas cujo vínculo contratual termina no final da temporada em questão, ficámos a saber da mudança de Warren Barguil da Sunweb para a Fortuneo, ambicioso projecto regional da região da Bretanha que tem tentado nos últimos lugares lutar por uma licença de participação nas provas com a chancela World Tour. A transferência de Barguil é só uma pequena gota no oceano em relação às transferências que passarei a citar de seguida neste post.

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O patrão Battaglia revelou aos seus compatriotas a experiência que foi marcar Lionel Messi

Quando o Sporting decidiu avançar para a contratação do argentino, disse para mim mesmo que face ao que tinha visto do rendimento do jogador quer ao serviço do Chaves na primeira metade da temporada quer ao serviço do Braga na segunda metade da temporada 2016\2017, estaríamos a realizar a melhor contratação da presente temporada, numa transferência que só pecava, no meu entendimento, pelo empréstimo de Jefferson aos bracarenses. Não posso ser de todo hipócrita neste aspecto em particular: sempre fui apreciador das qualidades ofensivas (a forma como se projecta no terreno, a sua capacidade de cruzamento, a sua evidente capacidade de carregar o jogo para a frente) do lateral esquerdo brasileiro (apesar de também reconhecer que Jefferson tem efectivamente muitas deficiências quer no plano defensivo, designadamente de âmbito posicional, quer na vertente ofensiva como a incapacidade de conseguir jogar com o interior) mas, por outro também sei depreendi, que as pequenas lesões sofridas no último ano (que efectivamente levaram Jorge Jesus a preteri-lo por um cepo com duas rodas para a frente chamado Marvin Zeegelaar) desmotivaram imenso o jogador. Quando era chamado por Jorge Jesus para cumprir um par de minutos, Jefferson já não demonstrava de todo aquela “fome de vencer” que o caracterizou nas primeiras três temporadas ao serviço da formação de Alvalade.  Continuar a ler “O patrão Battaglia revelou aos seus compatriotas a experiência que foi marcar Lionel Messi”

A magiar excelência técnica de Maté Lékai

Velocidade na decisão, movimentos de aproximação que visam atrair o máximo número de defesas para criar situações (décalage) de finalização sem oposição noutra zona do terreno, criatividade na procura de espaços para atacar (para armar o seu fortíssimo 1×1, registo maravilhoso que é provido por um hipnótico jogo de pés; ou para finalizar aos 6 metros), um fortíssimo remate em apoio e um tempo de voo na suspensão que não está ao alcance de muitos jogadores e que não é verdadeiramente normal para um central. Estas são as principais qualidades do patrão do andebol húngaro Maté Lékai.

A indissociável dupla do Veszprém

Lékai e o veterano Lazslo Nagy, o comandante supremo da história do andebol húngaro. Dupla indissociável de sucesso da fortíssima formação do Veszprém. Uma espécie de Leiber e Stoller (a famosa dupla que compôs vários sucessos de Elvis Presley) do andebol magiar.

Os golos do dia (1ªparte)

Um auspicioso início de temporada para Romelu Lukaku

Ultrapassada que está, creio, a ligeira incongruência cometida por José Mourinho relativa à contratação de um jogador, por 75 milhões de euros, duas épocas depois de o ter dispensado quando era treinador de um adversário directo do United, num processo que conduziu à sua contratação por parte do clube que vendeu o jogador à posteriori para o clube de Manchester, a cada vez mais influência do jogador no futebol do United está à vista.

Eu não sou muito fã de estatísticas, reconheço. No entanto sei reconhecer a sua preciosa utilidade para avaliar determinados aspectos de evolução técnica ou táctica de um jogador e utilizo-as de vez em quando para esse efeito quando as estatísticas desse jogador combinam com uma ou mais observações nas quais vislumbro qualidade nas acções. Ao contrário do que vejo por aí em alguns jornais, sites e blogs de especialidade não as utilizo de forma abundante para explicar o quer que seja porque não sou, de todo, adepto de modelos de observação tecnocratas mas sim de modelos de observação qualitativos, modelos nos quais os aspectos matemáticos do jogo são meros exemplos complementares para reforçar essa mesma qualidade. Não me adiantam portanto os milhares de quadros estatísticos disponíveis em vários sites para perceber se um rendimento de um jogador traz qualidade ao futebol de uma equipa porque a qualidade nas várias vertentes do jogo só pode ser aferida qualitativamente através dos proveitos que o seu rendimento traz para o futebol dessa equipa, mediante a satisfação de um conjunto de factores de aferição nos quais devem estar sempre presentes o sistema táctico e modelo de jogo utilizado\operacionalizado pelo seu treinador, a interacção com os companheiros de equipa no terreno jogo e o benefício ofensivo ou defensivo que certa acção praticada oferece ao jogo da equipa.  Continuar a ler “Os golos do dia (1ªparte)”

Dois grandes lances, duas grandes execuções técnicas, duas gerações distintas do futebol mundial: dois grandes médios na Pedreira

No espaço de um minuto:

O grande trabalho de João Carlos Teixeira no lance finalizado por Hassan. O médio emprestado pelo Porto é um jogador com uma enorme clarividência quer a procurar espaços ou a procurar romper em drible para queimar as linhas adversárias na 1ª fase de construção, injectando sempre velocidade no jogo da equipa nas suas acções. Mais adiantado no terreno, funcionando quase como um enganche nas costas dos avançados, é um jogador que como se pode ver define muito bem as técnicas jogadas que constrói nas imediações da área.

Por outro lado temos Emre Belozoglu. Aos 37 anos, o possante e “metronómico” médio internacional turco parece conservar ainda todos os atributos que lhe permitiram no passado ter uma carreira super activa ao serviço de clubes como Galatasaray, Inter, Newcastle, Fenerbahce e Atlético de Madrid – Possante como sempre, incisivo e agressivo nos momentos de pressão e criterioso nos momentos de construção, ditando tanto o critério como o tempo de circulação da equipa sempre que toca no esférico. Inctacta continua a sua eficácia na carreira de tiro, quer nos remates de meia distância quer nos lances de bola parada.

Até onde se estende a teia de Vieira? – Na Mouche!

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Fonte: Revista Sábado

Já nas bancas, a revista sábado (poderá ler aqui o artigo na íntegra no Mister do Café) apresenta uma reportagem de altíssimo interesse público sobre a esfera de influências que age a mando de Vieira na Magistratura. Segundo a publicação, “a intenção da PJ esbarrou ao ser negados os pedidos de mandados judiciais” por parte do juiz em causa, indo de encontro (parcialmente; noutras questões por mim levantadas quanto ao trabalho da Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, ficámos finalmente a saber que este departamento está a fazer tudo o que legalmente está ao seu alcance para dar novos desenvolvimentos à investigação)  ao que escrevi aqui recentemente: 

“Estas revelações levam-me a colocar esta pertinente questão: quantos funcionários judiciais, inspectores, procuradores e magistrados poderá ter o presidente do Benfica no seu payroll? Quantos destes elementos poderão encontrar-se devidamente subornados pelo Benfica para tudo revelar, nada mexer, nada remexer, nada investigar, nada concluir, não condenar? Até onde vai a extensão do poder, da influência e do dinheiro do presidente do Benfica? Até ao governo?”

O estranho comportamento do juiz Jorge Marques Antunes deveria suscitar a abertura imediata de um processo de investigação por parte da Procuradoria Geral da República porque ou muito me engano ou temos aqui, neste acto, um possível crime de denegação de justiça, crime que é punido pela lei no artigo 389º do Código Penal.

Noutro âmbito, numa reunião alegadamente presenciada no Estádio da Luz por 10 advogados de várias firmas de advogados com ligações próximas ao Benfica, diz a Sábado que Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, revelou informações confidenciais dos inquéritos realizados pela Polícia Judiciária ao caso dos emails. Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira tiveram acesso a informação confidencial do Ministério Público e da Polícia Judiciária com a conivência de um ou mais funcionários destas instituições. Com a informação hoje divulgada pela Revista Sábado, só posso portanto concluir que acusações lançadas no post anteriormente escrito tocaram na mouche do questão: existe efectivamente nas várias instituições policiais e judiciais deste país uma enorme teia controlada por Vieira para seu benefício ou benefício do Benfica. Os tentáculos do polvo estendem-se portanto para além das instituições desportivas, ameaçando gravemente os princípios basilares do Estado de Direito instituído neste país, no que concerne ao designado “império da lei” – a eventual denegação da justiça praticada pelo juiz em causa é uma violação clara a este princípio, na medida, em que compete aos agentes do estado tomar todas as medidas que se considerem necessárias, legitimas e legitimadas pela própria lei para se fazer cumprir a aplicação da legislação produzida pelos órgãos de soberania competentes para o efeito.

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