Dani Alves – a qualidade que simplifica jogos!

Recebendo na direita ou em zona interior, o procedimento do lateral brasileiro é sempre o mesmo: no momento em que recebe o esférico, de cabeça levantada, perscruta “os cenários” que se lhe apresentam defronte (o posicionamento da defensiva adversária; o posicionamento dos colegas; os movimentos de desmarcação que estes possam ter iniciado) antes de servir esses mesmos movimentos, para os espaços onde “estes vão cair”, com a excelência de passe que lhe é reconhecida. Não obstante a sua idade actual, não há nenhum treinador no mundo que não quisesse ter Dani Alves na sua equipa. O brasileiro é o melhor lateral direito da história do futebol!

O cavalar PSG de Unay Emery – algumas notas sobre o sistema táctico e o modelo de jogo do espanhol (processos ofensivos – 1ª parte)

Unay Emery

Há poucos dias pude ler, algures por aí nas redes sociais, um comentário de um indivíduo “cá dos meus”, desses que ainda acreditam e defendem com unhas e dentes a veia romântica do futebol, cujo argumento, in loco, me desarmou por completo, deixando-me sem resposta possível, pelo menos naquele instante. Decorridos 5 minutos, após ter realizado um pequeno brainstorming para remoer a coisa e aclarar as ideias, fiz questão de entabular uma interessante conversa na qual contra argumentei as afirmações do ditocom uma série de exemplos históricos. Escrevia o indivíduo que para ele, neste momento, “não fazia o mínimo sentido perder horas a analisar e a descrever tácticas e modelos de jogo de várias equipas” quando, “com um punhado de milhões no bolso, um único agente detém o poder de deitar tudo por terra, construíndo, com minúcia, uma equipa de estrelas passível de tudo conquistar apenas pela qualidade dos jogadores” –  a minha experiência na observação deste fenómeno dita-me que esta é uma das tentações em que todos nós podemos incorrer quando vemos uma ninhada de estrelas a rumar, de uma vez só, a uma equipa. Assim o foi por exemplo nas equipas “galácticas” do Real Madrid de 2000 a 2005, no dia em que Zlatan Ibrahimovic aterrou em Barcelona para actuar naquela dominadora equipa do Barcelona, assim o foi em 2013 quando o campeão europeu em título, o Bayern foi pescar ao seu maior rival (interno e europeu) o seu melhor jogador (Pep também trouxe Thiago do Barcelona) ou por exemplo no mês (Junho de 2009) em que Florentino Perez decidiu contratar de uma assentada Kaká, Cristiano Ronaldo, Karim Benzema, Raúl Albiol, Xabi Alonso e Esteban Granero. Nesses momentos as pessoas tendem, naturalmente, a sobrevalorizar a qualidade dos jogadores (atribuíndo-lhes automaticamente e euforicamente o domínio sem ver o produto final) em detrimento do trabalho que tem forçosamente de ser realizado pelos treinadores para meter as “máquinas a mexer e a render títulos” – por mais que as máquinas venham calibradas, no auge do seu futebol, serão incapazes de obter bons resultados sem a presença de um bom organizador, ou seja, sem alguém que saiba potenciar o seu rendimento e saiba construir um bom colectivo com as individualidades que possui – A verdade é que nas últimas décadas vários já foram os fracassos de grandes máquinas devido à falta de um treinador capaz ou por ineficácia do trabalho de um bom treinador. O Manchester United de Louis Van Gaal foi o último exemplo de um fracasso retumbante num grande clube europeu, mas houve mais exemplos de treinadores que falharam os seus objectivos em anos de forte investimento por parte do clube e\ou nos anos em que pescaram jogadores nos rivais  – Manuel Pellegrini não conquistou qualquer título na primeira temporada ao serviço do Real e o futebol do Real nessa temporada não foi quanto a mim, esteticamente interessante. Foi eficaz, creio até que Pellegrini somou nesse ano a melhor pontuação da história do clube (pontuação que foi insuficiente para conquistar a Liga) mas esteticamente não foi bonito. O futebol do Bayern de Pep Guardiola deslumbrou na primeira época de Munique com as várias revoluções realizadas pelo técnico catalão em relação ao modelo de Jupp Heynckes (quem não se lembra da colocação de Lahm no meio-campo ou da ideia super inovadora operacionalizada por Pep quando decidiu colocar o “joker” Alaba no eixo de uma defesa a 3, com permissão para subir até ao meio-campo quando a equipa necessitasse que o austríaco subisse no terreno para fazer subir um dos seus médios no terreno?) mas não reconquistou a Champions para o emblema bávaro. A Carlo Ancelotti e Laurent Blanc por exemplo também foram dadas verdadeiras equipas de assalto ao título europeu – ambos fracassaram, cumprindo os objectivos mínimos a que estavam sujeitos pela direcção do clube parisiense: a conquista de vários títulos nacionais. Unay Emery é, um ano depois do choque com a realidade (a saída de Zlatan para o United enfraqueceu imenso o potencial do PSG) um treinador dotado de um verdadeiro conjunto de estrelas para atacar o Olimpo do futebol europeu. Por mais que muitos queiram vender (até a transformar numa verdade universal) a mentira  que o PSG tem gente capaz de conquistar títulos em piloto automático, este post visa desmentir essas mesmas pessoas e desmitificar o bom futebol que está a ser construído na capital francesa pelo consagrado treinador espanhol, técnico que venceu 3 Ligas Europas consecutivas ao serviço do Sevilla. Continuar a ler “O cavalar PSG de Unay Emery – algumas notas sobre o sistema táctico e o modelo de jogo do espanhol (processos ofensivos – 1ª parte)”

Os golos da Champions

Uma aposta de risco de Rui Vitória. Um par de notas sobre a estreia ao mais alto nível de Mile Svilar

Incontornável assunto colocado à discussão na ordem deste 19 de Outubro foi o ridículo golo sofrido por Mile Svilar na derrota caseira averbada pelo Benfica por 1-0 frente ao Manchester United. Assim que Bruno Varela deixou entrar (por manifesto excesso de confiança) aquela bola saída dos pés de Renato Santos na derrota dos encarnados no Estádio do Bessa, creio que seria lógica e natural a possibilidade de Rui Vitória vir a trocar de guarda-redes nos jogos seguintes, para, numa fase mais adiantada da temporada, promover, na altura certa, quando o jogador já se encontrasse totalmente adaptado à sua nova realidade e às rotinas trabalhadas na equipa, o jovem talento Mile Svilar. O ridículo golo sofrido na noite de ontem em nada beliscou aquilo que penso sobre o jovem guardião belga: Svilar tem um potencial infinito por explorar, talento no qual sobressai um estilo muito peculiar (é um guarda-redes que gosta de actuar ligeiramente mais subido no terreno; característica clássica dos guarda-redes belgas), uma boa capacidade de recuperação na baliza, felino no voo, bastante ágil e flexível, e muito rápido a sair aos pés dos adversários – como ponto fraco parece-me ter somente a saída ao cruzamento por questões meramente posicionais, como pudemos reparar no lance do golo. Svilar não me parece ser aquele tipo de guarda-redes incisivo, agressivo e decidido a sair a cruzamentos, mas, os seus 18 anos, e as 2 temporadas que passará certamente na Luz (podem vir a ser mais ou até menos consoante o grau de evolução) conferem ao treinador de guarda-redes dos encarnados Luís Esteves algum tempo para poder calmamente lapidar os pontos fracos deste diamante em bruto.

A aposta de Rui Vitória no jovem guardião belga, jogador que cumpriu ontem o seu segundo jogo no escalão sénior e o primeiro na principal prova do futebol europeu, tornando-se o mais jovem guardião a alinhar num jogo a contar para a Champions, para um jogo no qual o Benfica teria obrigatoriamente que marcar pontos para continuar a acalentar o sonho de poder discutir o acesso aos quartos-de-final foi por motivos óbvios uma aposta de risco. Mesmo sabendo que estava a submeter o miúdo a um ambiente de extrema complexidade de pressão, frente a uma das mais poderosas equipas do futebol mundial, numa competição onde cada falha é aproveitada pelo adversário e cada falha comprometedora é obviamente sentida de maneira diferente por um jovem em início de carreira, o treinador do Benfica quis obviamente aproveitar a ocasião para correr o risco, ou seja, para dar estaleca ao miúdo, consciente que o belga “saíria em ombros da Luz” se fizesse uma monumental e galvanizadora exibição (exibição que efectivamente realizou até sofrer aquele golo) e muito dificilmente seria criticado ou até gozado (pelos adeptos do clube) se cometesse uma falha grave. Os adeptos dos rivais obviamente passaram o dia a capitalizar sobre a falha, mas isso é uma questão tão antiga quanto a origem do vento e não deverá influir com a psique do jogador. Pelo que tenho visto, confiança não faltará ao jogador para dar a volta por cima nas cenas dos próximos capítulos. Quando, em 2006, nos primeiros jogos de leão ao peito, Rui Patrício falhou, os adeptos dos clubes rivais também cairam sobre o pobre keeper sportinguista. Rui Patrício teve na altura, força mental para aprender com os erros cometidos, para superar os seus próprios fracassos, para se sedimentar como titular da baliza leonina naquela temporada (na altura, o Sporting vivia uma situação muito idêntica à que vivia o Benfica; mesmo apesar das falhas esporádicas que o jovem guardião ia cometendo aqui e ali, Paulo Bento continuou a segurá-lo e a dar-lhe a sua confiança) e acima de tudo para trabalhar com confiança, tornando-se o assombro de guarda-redes que hoje efectivamente é.  Continuar a ler “Os golos da Champions”

Os golos da Champions

Contra todas as opiniões que tenho ouvido sobre o valor do jogador nos últimos anos, depois de ter feito sensacionais temporadas no Everton no qual foi “um pau para toda a obra de 80 metros de comprimento” para David Moyes, eu compreendo as declarações de Mourinho quando afirmou que o belga Marouane Fellaini é um jogador com uma importância superior na equipa (e nos seus processos; quer nos ofensivos, quer nos defensivos) aquela que tanto a imprensa como os adeptos lhe tem atribuído.

Contra o jogador belga incorrem as justas críticas que lhe apontam os defeitos do seu jogo: o belga é lento a pensar e a executar (critério que faz toda a diferença no frenético pace do futebol inglês) erra muitos passes fáceis, não toma as melhores decisões, é muito perdulário e perdeu ao longo dos anos aquela que era a sua principal característica ofensiva: o remate de meia distância. No entanto, creio que José Mourinho fez um belíssimo trabalho de remodelação do jogador ao seu pragmático modelo de jogo. O belga é hoje um jogador híbrido (um médio que entra muito bem em zona de finalização) que cumpre as funções que lhe são requeridas pelo treinador português quer no plano ofensivo, quer no plano ofensivo.  Continuar a ler “Os golos da Champions”

A hipocrisia de Javier Tebas

javier tebas

Fonte: Mais Futebol. 

A toque de caixa de Josep Maria Bartomeu, dirigente que poderá ter comprometido no caso Neymar a sua sobrevivência na presidência do Barcelona em virtude do vexame popular a que foi exposto no último mês, Javier Tebas, presidente da Liga Espanhola de Futebol continua, a abrir fogo sobre o PSG e sobre o Manchester City. A base argumentativa que é utilizada junto da UEFA pelo principal dirigente de La Liga no que concerne à base que sustenta as sistemáticas violações de ambos os clubes às regras do fairplay financeiro da UEFA é válida (os dois clubes fazem efectivamente concorrência desleal a grande parte dos clubes de europeu visto que são suportados informalmente nos bastidores pelos fundos soberanos dos Emirados Árabes Unidos e Qatar) é muito válida mas soa a alguma hipocrisia se atentarmos ao histórico dos clubes espanhóis na última década e a um caso particular ocorrido no presente verão no futebol espanhol. Continuar a ler “A hipocrisia de Javier Tebas”

O perigoso precedente aberto pelo “caso Neymar”

Não querendo de maneira alguma questionar a infinita qualidade do jogador (Ousmane Dembelé já é neste momento um dos maiores criativos do futebol mundial) bem como o seu potencial futuro (o extremo é na minha opinião um grande candidato ao Prémio de Melhor Jogador do Mundo quando Cristiano Ronaldo e Lionel Messi pendurarem as suas chuteiras), mas sim o valor pago pela sua contratação, creio que este foi o perigoso precedente aberto pelo PSG na contratação de Neymar. Os parisienses colocaram muito dinheiro nas mãos de um só clube. A colocação de 222 milhões nas mãos dos catalães, levará muitos clubes a perspectivar a maximização dos ganhos dos jogadores que interessam ao Barça. Assim sendo, um jogador cujo valor de mercado rondava os 60 milhões no máximo, acaba por sair pelo obsceno valor de 105 milhões mais 45 milhões em variáveis se o jogador alcançar as metas estipuladas no contrato. Gerou-se portanto um incontrolável efeito bola de neve no qual o “mesmo dinheiro” andará descontroladamente à solta por todo o mundo, sem que as máquinas burocráticas fiscais do estado possam reclamar o seu quinhão. Continuar a ler “O perigoso precedente aberto pelo “caso Neymar””

O golo do dia

O golo de Adrien Rabiot na goleada por 6-2 do Toulouse ao PSG.

Desde que se estreou pela formação principal do clube parisiense, nunca consegui compreender com exactidão o potencial do médio de 22 anos formado a “meias” por vários clubes, do Créteil ao Paris Saint Germain, passando pelo Manchester City, clube onde atleta permaneceu durante 6 meses durante o ano de 2008, altura em que apenas tinha 13 anos. As características tão díspares apresentadas pelo jogador (que o tornam ao mesmo tempo, um médio tão completo; daí advém o facto do PSG não só nunca se ter livre dele mesmo quando não fazia parte das escolhas de Ancelotti, Blanc ou Emery e de lhe ter renovado o contrato até 2019 quando Arsenal e Tottenham se preparavam para o atacar) nunca me deram a segura percepção em relação à posição em que o jogador poderia render mais. Continuar a ler “O golo do dia”

Até onde irá a imoralidade no futebol?

No final de cada mês o ciclo repete-se. O termo calão utilizado ao ver o recibo de vencimento é o mesmo. Os sonhos são cada vez mais limitados porque a corda está esticada até ao limite. A cada dia 27, um mar de dúvidas. Para muitos, o mar de dúvidas começa imediatamente a 10 ou a 15 de cada mês. Há 5\6 ou mais anos que o ciclo repete-se incessantemente, sem tréguas, sem um pouco de paz, sem existir sequer um pingo de esperança no futuro. Enquanto o “fiel depositante” da coisa pública tem de sobreviver com a mísera esmola que é paga pela sua força de trabalho e pela mais-valia que cria para outra(s) entidade(s), sem que por outro lado, possa ver qualquer melhoria significativa nos bens e serviços (pagos, segundo a lógica de contribuinte-utilizador-pagador) “oferecidos” (em teoria) pelo Estado, pela porta ao lado passam, totalmente incólumes, meia dúzia de pastas repletas de dinheiro relativas à transferência de um jogador de futebol.

Que raio de justiça social é esta? O mesmo aparelho burocrático centralizado e estupidificado que nos limpa mensalmente 400 euros à guise de um tal de “contrato social” que não assinámos e com qual, actualmente não concordamos (como foi o caso do valor que me foi subtraído no mês de Julho), que nos obriga a pagar taxas e taxinhas, selos e selinhos, impostos e impostozinhos (até sobre a água que eu bebo; o bem mais precioso da vida humana), que nos obriga a pagar um imposto quando queremos doar um bem a outra pessoa porque não nos faz falta, que nos cobra juros por cada dia de atraso no pagamento (quando o estado se atrasa num pagamento, da boca dos políticos ou dos mais altos responsáveis do aparelho coercivo de impostos só ouvimos desculpas) que é capaz de abocanhar sem piedade todas os presentes oferecidos no dia do nosso casamento, que nos obriga a pagar um imposto por cada cova na terra que abrimos para nos despedirmos dos nossos entes queridos, ignora por completo a ostentação do luxo. Sim, porque contratar um jogador de futebol por 222 milhões de euros deve ser considerado um acto luxuoso imoral se considerarmos as graves carências básicas pelas quais passam milhões de seres humanos!

O PSG ou qualquer outro clube deveria ser obrigado a pagar de imposto adicional sobre o valor desta obscenidade pornográfica, a taxa aplicável ao escalão mais alto do imposto sobre rendimentos de uma pessoa singular daquele país. Só assim poderá a “ditar sociedade” impor a justiça social que se pretende atingir.

A vitória dos processos simples

A vitória do Nice sobre o PSG, vitória que garante praticamente a conquista do título (merecida) para o Mónaco de Leonardo Jardim, é um dos destaques do fim-de-semana. Esta vitória traz no entanto algum sentimento de injustiça para a equipa da riviera francesa: se a equipa não tivesse deslizado recentemente com os empates somados frente a Toulouse, Nantes (apesar do Nantes estar a realizar uma razoável campanha com Sérgio Conceição na presente temporada) e Caen, poderia estar neste momento a lutar pelo título com as “mesmas armas” do Mónaco, premiando de certa forma o enorme trabalho do seu treinador Lucien Favre na construção de uma equipa (de processos simples, de recuperação e lançamento do contra-ataque) que tinha tudo para dar “errado” – aliás, que tinha tudo para dar errado pela quantidade de jogadores inadptados (para não dizer “perdidos para o futebol”) noutras paragens do futebol europeu.

Dante, Ricardo Pereira, Younés Belhanda, Mario Balotelli e Valentin Eysseric são os exemplos mais crassos de jogadores que foram “recauchutados” para o futebol pelo técnico suiço de 59 anos, constituindo uma equipa de processos simples que cumpre os básicos do futebol: defende bem (é a 2ª melhor defesa do campeonato com os mesmos golos sofridos que o Mónaco, 29), tem uma capacidade de pressão admirável a meio-campo (Belhanda é um dos responsáveis pela capacidade de pressão e recuperação da bola a meio-campo) e consegue criar sempre perigo no lançamento do contra-ataque com poucas unidades porque a equipa está formatada para um conjunto de processos que lhe permite contra-atacar de forma eficaz com poucas unidades: assim que a bola é recuperada, os médios tendem a servir as entradas dos homens dos corredores (Dalbert e Ricardo), ficando a expensas destes a criação de desequilíbrios no drible e\ou o serviço dos homens da frente, sem que a equipa perca contudo uma noção muito objectiva do jogo que é rematar. É portanto uma equipa constituída por jogadores que não tem medo de rematar, de rematar muito, mesmo que a percentagem de sucesso seja diminuta face ao número de remates. Claro que nesta mecânica haverão jogos em que a taxa de sucesso é alta. O jogo de ontem foi um dos exemplos.

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