Descer à terra. A fantasia (perdão, a sorte) do Euro acabou. É preciso jogar mais. Muito mais.
O golo de André Silva disse muito sobre o adversário que a selecção portuguesa encontrou esta noite em Riga: um adversário fraquinho, de péssima qualidade técnica, com alguma qualidade táctica nos processos defensivos, em especial na intensidade que é colocada a meio-campo por Juris Laizans, o jogador mais credenciado desta selecção (esta Letónia já tinha vendido muito cara a derrota na Suiça mas dificil era não fazer pior contra uma equipa que apresentou muita falta de criatividade para além dos problemas revelados no capítulo da construção ofensiva) e com dois ou três processos de jogo ofensivos devidamente ensaiados que nos dificultaram a vida nos primeiros 10 minutos porque as nossas primeiras linhas de pressão falharam como as notas de mil. Só não ganha a esta Letónia quem não quer. A qualquer momento, a selecção letã perde por completo a compostura como já havia perdido no 2º tempo da partida realizada contra a Suiça. Há sempre um central que falha um corte ou que sai a jogar a partir de trás “com toda a confiança” pelo sítio onde 99% dos treinadores vão à loucura quando existe um erro transformado em golo, ou um lateral que cede perante a maior velocidade de um extremo. Difícil é não ganhar. Portugal demonstrou-o com o seu futebol estático e medíocre digno dos anos 80. Continuar a ler “Breve análise – Letónia 0-3 Portugal”