Os golos da jornada (1ª parte)

Face à muralha de jogadores que o adversário colocou na área, Wijnaldum foi obrigado a sacar dos galões para encontrar espaço para disparar aquela bomba. No entanto, no início da jogada, com aquele pequenino toque de excelência técnica, o holandês teve o mérito de desmontar por completo a linha média adversária, abrindo espaço para a saída para o contra-ataque.

Depois de um arranque algo irregular na Premier, arranque no qual, pesem os interessantes e bem trabalhados pormenores demonstrados pela equipa no capítulo da organização da pressão (“a menina dos olhos de Jurgen Klopp”) e da transição para o contra-ataque (pormenores que permitiam à equipa passar rapidamente de uma mentalidade defensiva para uma mentalidade ofensiva, procurando servir, com pragmatismo em profundidade, em cada recuperação, as velozes investidas dos seus homens da frente, em especial as de Sadio Mane e Mohammed Salah) acabou por sobressair (pela negativa) a fragilidade defensiva do quarteto defensivo orientado pelo técnico alemão, o Liverpool vai começando a “despertar” para uma fase de maior regularidade quer em termos de resultados, quer em termos exibicionais, embora os 12 pontos de diferença para o City e a mais que evidente diferença de qualidade entre os planteis e o futebol das duas equipas, não permitam aos reds dizer que estão em condições de atacar o quer que seja pelo menos na presente temporada. Para reforçar esta ideia, sirvo-me da miserável exibição realizada por Dejan Lovren frente ao Tottenham, exibição no qual o croata e o seu colega de sector, o camaronês Joel Matip demonstraram possuir muitas dificuldades no controlo à profundidade adversária.  Continuar a ler “Os golos da jornada (1ª parte)”

Manchester United vs Crystal Palace

Acredito que, para vir a Old Trafford realizar este espectáculo deprimente, mais valia aos jogadores do Crystal Palace terem ficado no jardim anexo ao estádio a tratar das belas roseiras que por lá se encontram em viva flor. A primeira parte da exibição dos palacianos em Manchester atesta e corrobora bem a razão pela qual a equipa do conservador e arcaico Roy Hodgson ocupa o último lugar da tabela sem ter marcado qualquer ponto e sem ter somado qualquer golo em 6 jornadas. Continuar a ler “Manchester United vs Crystal Palace”

Manchester United vs Everton

Lukaku lê muito bem a jogada. Antevendo claramente a possibilidade de recuperação por parte de Juan Mata, o belga desiste da acção de fecho das linhas de passe para um dos centrais para se reposicionais no meio destes para dar continuidade à eventual recuperação do seu colega. Como o avançado do United perde o tempo exacto para finalizar de pé direito, ainda consegue tirar Ashley Williams da frente quando o central internacional galês tenta o desarme mas a simulação de corpo obriga-o a ter que finalizar com o seu pior pé. 

O golo de Antonio Valencia e duas perdidas de Romelu Lukaku na cara de Jordan Pickford foram as únicas oportunidades de golo de uma partida que me está a dar algum prazer em seguir dada a qualidade das duas equipas. O Everton até tem sido a equipa com mais posse de bola nos últimos 25 minutos do primeiro tempo. Continuar a ler “Manchester United vs Everton”

Análise – Final da Liga Europa – Manchester United 2-0 Ajax – A vitória do pragmatismo

A vitória do Manchester United de José Mourinho na Liga Europa não foi a vitória do cinismo. A vitória do Manchester United de José Mourinho na Liga Europa também não foi a vitória da equipa mais forte. A vitória dos Red Devils na Liga Europa não foi a vitória da estética, nem a vitória da garra. A vitória dos comandados de José Mourinho na Liga Europa foi a vitória (sofrível) do pragmatismo. Do mesmo pragmatismo que rendeu triunfos em Londres e em Milão. O United cumpriu a sua missão como o plantel mais dotado desta fase final da Liga Europa. Mais mal do que bem. Mal era se não cumprisse face aos adversários que defrontou. Mais sofrível do que confortável. Contra adversários de segunda e terceira linha do futebol europeu à excepção do Ajax. À rasca. À rasquinha, se tomarmos em conta os acontecimentos dos minutos finais do jogo de Old Trafford frente ao Rostov e os minutos finais do jogo da 2ª mão das meias-finais frente ao Celta. O treinador português está obviamente de parabéns: a sua equipa fez finalmente um bom jogo na Liga Europa. Mais no capítulo defensivo do que no capítulo ofensivo. Mourinho estudou bem o adversário e anulou-o por completo, evidenciando as suas lacunas.

Contudo, este título não disfarça o facto da época ter sido um completo fracasso. O United avançou muito pouco com o português em relação a Van Gaal. O técnico português demorou muito tempo a implementar a identidade que pretendia, deixando a equipa a navegar num limbo de ideias. A identidade da equipa não foi totalmente construída ao fim de uma temporada, obrigando decerto o português a ter que reformular tudo no próximo verão. O United revela-se como uma equipa que procura as mesmas soluções (bloco baixo, saída no contra-ataque com poucas unidades envolvidas nas acções\jogo directo em desespero para as torres que possui na frente) à falta de gente capaz. A equipa não engatou nas transições para o ataque. A equipa tem défices enormes de criatividade. Ao longo da temporada, o principal reforço, foi sempre questionável porque evidenciou sempre “pouca fome” e muita lentidão de processos. O sector defensivo é altamente questionável ao nível de valor. Há muita “madeira podre” (termo britânico: “dead wood”) no plantel que tem que ser despachada.
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