Cheguei a Leicester de paraquedas. O que é que vou fazer a este grupo de trabalho?

claude puel

A assumpção de uma equipa a meio da temporada é, na minha opinião, por várias razões, o maior desafio a que um treinador se pode sujeitar em toda a sua carreira. A assumpção do comando técnico de um grupo de trabalho que não foi idealizado ou escolhido por si, condicionante que o obriga a ter que trabalhar forçosamente com matéria prima disponível no imediato (até à reabertura da janela de transferências ou na pior das hipóteses até ao momento em que a sua direcção tenha condicões financeiras para satisfazer as suas necessidades), que se encontre total ou parcialmente desmoralizado por força dos resultados negativos obtidos (pela pressão que esses resultados acarretam; pela necessidade de somar pontos rapidamente para inverter um ciclo negativo) ou pela existência de uma ou outra insatisfação motivada pelo mais amplo leque de choque de interesses (a vontade que determinados jogadores têm de se transferir para clubes que demonstrem outro tipo de ambições ou que possam satisfazer as suas exigências contratuais; as pressões que são realizadas pelos empresários junto dos jogadores e da direcção do clube para forçar uma transferência; jogadores insatisfeitos com os valores do seu contrato; a descrença que se vai acumulando nos jogadores que não são utilizados com regularidade ou que sentem que o seu rendimento não está a ser devidamente aproveitado ou potenciado; jogadores que estão a sentir dificuldades para se ambientar à realidade cultural de um país ou de uma cidade), que já se encontra em andamento ao nível de uma competição, da assimilação de determinado modelo de jogo, dos seus processos e das suas dinâmicas colectivas e individuais. Continuar a ler “Cheguei a Leicester de paraquedas. O que é que vou fazer a este grupo de trabalho?”

Os golos do dia (1ª parte)

Começo pela sensacional reviravolta operada pelos Hammers de Slaven Bilic (a imprensa britânica decidiu qualificar esta vitória como um glorioso momento no qual os jogadores londrinos foram buscar engenho e forças ao fundo do poço para resgatar o seu treinador; técnico que estaria certamente por horas em caso de derrota, em virtude dos maus resultados que a equipa tem averbado para a Premier; Bilic rejeitou no entanto a crítica que lhe foi feita pela imprensa em relação ao estado de forma física da equipa) no derby londrino realizado na quarta-feira à noite frente ao Tottenham de Pocchettino em jogo a contar para os oitavos-de-final da Taça da Liga Inglesa.

A coisa não começou manifestamente bem para os Hammers no capítulo da organização da pressão, e da organização defensiva. Nos primeiros minutos da partida Bilic mandou subiu o bloco, colocando a sua defesa apontada na linha divisória do meio-campo, de forma a fazer subir as duas linhas que jogam à sua frente no terreno para pressionar em terrenos adiantados a saída para o jogo do adversário, estratégia que visou sobretudo a prossecução de 3 objectivos muito básicos: em primeiro lugar, impedir impedir que a formação de Maurício Pocchetino pudesse dominar a partida através da posse no seu meio-campo. Em segundo lugar, a estratégia inicial traçada pelo croata visou impedir que a formação de Pocchettino pudesse sair no contra-ataque, transição na qual os Spurs se tem revelado muito eficazes nos últimos jogos. Em terceiro lugar, a pressão alta poderia permitir à sua formação recuperar bolas para manter viva a sua iniciativa no meio-campo adversário, obrigando o adversário a encolher-se nos seu último reduto.

O primeiro golo do Tottenham nasce de um conjunto de erros cometidos pelos jogadores de West Ham na pressão e no capítulo da transição e organização defensiva.

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Mérito a Maurício Pocchettino

Alguém se lembra do tenebroso medo que Eric Dier tinha há 3 anos atrás quando era chamado a “cobrir” as baixas de William na posição 6? Assim o foi na Luz em 2013\2014, palco onde, o versátil jovem inglês (jogador que Jesualdo tinha lançado na época anterior com relativo sucesso a defesa direito frente ao Sporting de Braga; sabíamos porém que o jogador ia dar um centralão de mão cheia) se sentiu terrivelmente perdido em campo, abrindo uma autêntica avenida ao entretanto “caído em descrédito” Enzo Perez – o futebol dá mesmo muitas voltas! Continuar a ler “Mérito a Maurício Pocchettino”

Mais uma vez… Christian Eriksen

Volto a ter que me repetir nos elogios que tenho feito semana após semana ao médio dinamarquês. É o verdadeiro abono de família desta equipa de Mauricio Pocchettino nos momentos de aperto, o que não foi o caso deste jogo porque o Tottenham esteve por cima durante todo o jogo. Mas, foi novamente o antigo jogador do Ajax quem puxou um coelho da cartola para abrir caminho para a vitória dos Spurs no derby londrino, mantendo acesas as esperanças da equipa de White Hart Lane quanto à conquista de um título épico pela qual o clube tem lutado nas últimas temporadas.

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